O teste da menopausa

Meninas, estava lendo a revista Isto é e vou postar uma matéria pra lá de interessante!!!

É sobre um teste que pesquisadores iranianos descobriram que pemite a mulher saber quando será a sua última menstrução, achei legal porque será a chance da mulher se preparar para este periodo tão preocupante em nossas vidas, afinal é um periodo cheio de sintomas, dores, calores, depressão e, por aí vão os desconfortos do periodo... sem contar que é aqui onde se encerra a vida reprodutiva da mulher!!!

Matéria

O teste da menopausa: Exame permite à mulher saber antecipadamente quando será sua última menstruação, encerrando sua vida reprodutiva

Por meio de um exame de sangue, permitir à mulher, mesmo que jovem, descobrir quando entrará na menopausa. Ou seja, quando terá sua última menstruação. Se depender de pesquisadores iranianos do Shahid Beheshti University of Medical Sciences, isso será realidade nos consultórios em breve. Após um estudo realizado desde 1998, com a participação de 266 voluntárias, os cientistas chegaram a uma equação que correlaciona o nível de um dos hormônios femininos (o antimulleriano, ou AMH) e o início da menopausa. A substância já era conhecida pelos médicos e se sabia de sua relação com a fertilidade. O avanço obtido pelo grupo de Teerã foi estabelecer critérios para uma leitura a longo-prazo dos níveis de AMH. Assim, pode-se descobrir, por exemplo, se uma mulher na faixa dos 20 anos entrará na menopausa prematuramente, antes dos 40 anos – o que, além de impedi-la de ter filhos, vai expô-la a maiores chances de desenvolver osteoporose e a riscos duas vezes maiores de apresentar problemas cardiovasculares. “Esperamos que essa estimativa de idade seja usada para ajudar as mulheres em seu planejamento familiar”, disse Fahimeh Ramezani Tehrani, coordenadora do estudo. As pesquisas com o teste continuam.

O ensejo de Fahimeh tem a ver com uma tendência cada vez mais comum entre as mulheres: a de adiar o primeiro filho. Se antes ela tornava-se mãe por volta dos 20 anos, atualmente, com a priorização da carreira, essa idade subiu para os 30 anos. “Hoje o exame que temos para indicar a menopausa é o do hormônio FSH, que é ótimo para atestar a falência ovariana, mas que só funciona depois que ela já aconteceu”, esclarece César Eduardo Fernandes, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo e do conselho científico da Sociedade Brasileira do Climatério.

Todavia, como em toda pesquisa, ainda é preciso cautela. Professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais, Fernando Reis coordena um estudo semelhante ao iraniano, fundamentado no uso do AMH para determinar o risco de menopausa prematura em mulheres com lúpus – elas têm até 30% a mais de chance de serem afetadas pelo problema. Sobre a pesquisa estrangeira, Reis ressalta a importância de se ter chegado a uma equação para o cálculo da idade da menopausa, mas chama a atenção: esses primeiros dados apresentam ainda uma margem de erro considerável, com a diferença entre a idade predita e o início de fato da menopausa tendo chegado a quatro anos em algumas das participantes. Além disso, para quem tem interesse em planejamento familiar, convém lembrar que a fertilidade não é medida apenas pelo funcionamento do ovário. “É preciso garantir também a saúde das trompas uterinas, por exemplo, e isso não é dado pela medição do AMH”, fala.

Exame permite à mulher saber antecipadamente quando será sua
última menstruação, encerrando sua vida reprodutiva, mas não a feminilidade

Ponto importante nessa discussão é que, sabendo-se ou não a idade exata em que a menopausa virá, o fato é que ela chegará, trazendo alterações no corpo – os índices mais baixos de estrogênio, que caracterizam o período, levam a vários efeitos, desde o ressecamento da pele a alterações nos índices de colesterol. Para atenuar consequências como essas, há a terapia de reposição hormonal. Mas, além de ter contraindicações (leia no quadro), ela não resolve tudo. “A mulher precisa ter cuidados específicos com sua alimentação e com a parte física”, afirma a ginecologista Alice Fátima Melgaço Faria, professora adjunta do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais. “É fundamental que ela receba apoio do médico e da família para enfrentar as mudanças”, diz.